DIA DO CINEMA NACIONAL: 12 FILMES BRASILEIROS PARA VER NO STREAMING, DO DRAMA ADOLESCENTE AO SUSPENSE
Dia 19 de junho ficou marcado como data das primeiras filmagens cinematográficas feitas no Brasil, em 1898. Veja lista de filmes de diferentes épocas e gêneros para celebrar.
O dia 19 de junho de 1898 ficou marcado como data das primeiras filmagens cinematográficas feitas no Brasil. Naquele ano, Affonso Segretto, um italiano radicado no país, voltou ao Rio de Janeiro depois de uma temporada em Nova York, trazendo na bagagem o equipamento para produzir seus próprios curtas-metragens, que na época eram chamados de “vistas”.
Ele começou a filmar antes mesmo de desembarcar: a bordo do navio Brèsil, fez imagens da chegada, no filme que ficou conhecido como “Vista da Baía da Guanabara”. Não há registros da exibição pública do curta. Ainda assim, a data da filmagem foi escolhida, nos anos 1970, como Dia do Cinema Brasileiro, que completa 126 anos nesta quarta-feira (19).
Para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro, veja abaixo uma lista de 12 filmes nacionais de diferentes épocas e gêneros, para ver no streaming.
‘Quando O Carnaval Chegar’ (1972)
Com Chico Buarque, Elke Maravilha, Maria Bethânia e Nara Leão no elenco, o filme segue um grupo de cantores contratado para se apresentar para um rei que chegará à cidade em pleno Carnaval. Mas algumas discussões e romances entre eles impedem que o espetáculo aconteça. Chico também assina o roteiro ao lado de Cacá Diegues e Hugo Carvana. Disponível no Globoplay.
‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’ (1976)
Clássico baseado na obra de Jorge Amado (1912-2001). Durante o carnaval baiano, Vadinho morre. Após um tempo, a viúva se casa novamente. Porém, a monotonia conjugal faz com que Dona Flor invoque a presença do falecido marido. Na versão original, o triângulo é interpretado por José Wilker, Sônia Braga e Mauro Mendonça. O filme ganhou uma releitura em 2017, com Marcelo Faria, Juliana Paes e Leandro Hassum. Disponível no Telecine (Globplay + canais).
‘Central do Brasil’ (1998)
Um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, indicado em duas categorias do Oscar de 1999 (melhor filme estrangeiro e melhor atriz para Fernanda Montenegro). Narra a saga de Dora, uma mulher que escreve cartas para analfabetos na estação de trens Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Uma de suas clientes tenta reaproximar o filho do pai. Mas ela morre, e Dora acolhe a criança, partindo em busca do homem que o menino nunca conheceu. Disponível no Globoplay.
‘Cidade de Deus’ (2002)
Mais um filme brasileiro que concorreu ao Oscar. Em 2004, foram quatro indicações inéditas para o Brasil: direção (Fernando Meirelles), roteiro adaptado (Bráulio Mantovani), montagem (Daniel Rezende) e fotografia (César Charlone). Respeitado no mundo todo e presença frequente em listas de melhores filmes de todos os tempos (inclusive da imprensa de Hollywood), “Cidade de Deus” mostra a realidade violenta de uma favela do Rio de Janeiro. O protagonista Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre com talento para a fotografia, que registra o dia a dia da comunidade. Disponível no Globoplay e na Netflix.
‘O Céu de Suely’ (2006)
Um dos mais conhecidos dramas do diretor Karim Aïnouz, de “Madame Satã” (2002) e “Praia do Futuro” (2014). Conta a história de Hermila (Georgina Castro), uma mulher que volta à cidade-natal e aguarda a chegada do marido. Quando percebe que ele não vai chegar, ela decide rifar o próprio corpo para sair dali e iniciar uma nova vida. Disponível no Globoplay e na Netflix.
‘Ó Pai, Ó’ (2007)
omédia com Lázaro Ramos, Wagner Moura e Dira Paes. Em um animado cortiço no centro histórico do Pelourinho, em Salvador, tudo é compartilhado pelos seus moradores, especialmente a paixão pelo carnaval e a antipatia pela síndica do prédio. Todos tentam encontrar seus lugares nos últimos dias da folia, seja trabalhando ou se divertindo. Incomodada com a farra dos condôminos, a síndica corta o fornecimento de água no prédio. Disponível no Prime Video.
‘Estômago’ (2008)
Raimundo Nonato (João Miguel) deixa o Nordeste para tentar a vida em São Paulo e, por acaso, descobre ter um talento para a culinária. Tudo vai bem até que uma traição muda os rumos de sua vida. Aclamado pela crítica e pelo público, o filme ganhará uma sequência, com previsão de estreia para agosto deste ano. Disponível no Globoplay e na Netflix.
‘As Melhores Coisas do Mundo’ (2010)
Drama adolescente da diretora Laís Bodanzky, de “Chega de Saudade” (2007) e “Como Nossos Pais” (2017). O filme se passa num colégio de classe média em São Paulo e narra o período de um mês da vida de Mano (Francisco Miguez), um jovem enfrentando o divórcio conturbado dos pais, enquanto vive os dilemas da adolescência e lida com a pressão dos amigos, o bullying e a própria sexualidade. O cantor, ator e ex-BBB Fiuk também está no elenco. Disponível para alugar no Prime Video.
‘Elena’ (2012)
Neste documentário poético e sensível, a diretora Petra Costa resgata a trajetória de sua irmã, que se mudou para Nova York com o sonho de ser atriz. Foi o primeiro longa de Petra, lançado sete anos antes de “Democracia em Vertigem”, indicado ao Oscar de melhor documentário em 2020. Disponível na Netflix.
‘O Som ao Redor’ (2012)
Longa menos conhecido do diretor Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius” (2016) e “Bacurau” (2019). Mostra um singular grupo de vizinhos endinheirados, que contrata uma empresa de segurança privada para proteger a rua, mas os vigias só pioram o problema. Disponível na Netflix.
‘O Lobo Atrás da Porta’ (2013)
Suspense estrelado por Milhem Cortaz, Fabiula Nascimento e Leandra Leal. O desaparecimento de uma criança faz seus pais irem até a delegacia. Logo descobre-se que o homem mantinha uma amante. Ao ouvir os depoimentos dos três, o delegado descobre uma trama passional de obsessão e mentiras, que leva a um final inesperado. Disponível no Star+.
‘A Vida Invisível’ (2019)
No Rio de Janeiro dos anos 1940, as irmãs Eurídice e Guida vivem sob um rígido regime patriarcal. Mesmo tendo um forte elo que as une, elas trilham caminhos distintos. Baseado no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, da escritora pernambucana Martha Batalha, o longa de Karim Aïnouz foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, em 2019. Disponível no Globoplay e Paramount+.
Matéria do G1