Assistente virtual tira dúvidas sobre Bolsa Família nas redes sociais

Foto: Lyon Santos/MDS
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Ju do Bolsa” utiliza a inteligência artificial (IA) para tornar mais fácil e rápida a busca por informações sobre direitos e benefícios sociais.

Quem acessa benefícios sociais do governo, como o Bolsa Família, o Auxílio Gás ou o Pé de Meia, se depara frequentemente com dificuldades no atendimento, acolhimento e busca de informações. Os canais oficiais de comunicação são automatizados, de difícil compreensão e não garantem que beneficiários consigam utilizá-los adequadamente, muitos vezes exigindo que as pessoas se dirijam presencialmente ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para questões que poderiam ser resolvidas de forma remota, o que implica em disponibilidade de tempo e custos com deslocamento.

Com o objetivo de tornar mais fácil e rápida a busca por informações sobre direitos e o acesso aos benefícios sociais brasileiros é que surge a “Ju do Bolsa”. Com perfis nas principais redes sociais utilizadas no país e com o apoio de tecnologias de inteligência artificial (IA), a assistente virtual esclarece as principais dúvidas dos beneficiários, sobretudo sobre o Bolsa Família e benefícios associados, com informações acessíveis e rápidas.Para isso, conta com um banco de dados criado por uma equipe de assistentes sociais, pesquisadores e cientistas políticos, que também dá suporte humanizado ao atendimento online. Esse banco de dados é elaborado por informações públicas, abertas, mas que muitas vezes não chegam até os beneficiários.

O serviço está disponível no site judobolsa.com.br, que direciona as pessoas para seus canais interativos no WhatsApp, Instagram e Messenger (Facebook).

Como funciona a Ju do Bolsa

Por meio dos seus canais digitais, o projeto oferece atendimento humanizado, presta assessoria e esclarece dúvidas de forma simples, acolhedora e gratuita.

O atendimento é realizado primeiramente pela “Ju do Bolsa”, a assistente virtual que elabora suas respostas utilizando o ChatGPT. As informações são extraídas de uma base de dados criada para o projeto, que abrange o Bolsa Família e outros programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Auxílio Gás e Pé de Meia, entre outros, sem realizar buscas na internet, a fim de evitar o acesso a dados falsos.

Quando a Ju do Bolsa não consegue resolver um caso, as dúvidas são encaminhadas para um atendimento humano – por trás da assistente virtual, há uma equipe de especialistas formada por assistentes sociais, cientistas políticos, pesquisadores e outros profissionais, que trabalham juntos para garantir o suporte.

Além dos canais para dúvidas, a assistente virtual utiliza o site e seu perfil nas redes sociais para divulgar explicações detalhadas sobre os programas, como cadastros e atualizações; informações sobre prazos gerais e datas de pagamentos; dicas de lazer e alerta sobre golpes e fake news.

O serviço é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade que buscam informações confiáveis sobre o Bolsa Família e outros benefícios sociais, porém com um foco principal em mulheres, de 18 a 50 anos, das classes C, D e E, hoje o principal perfil a acessar tais benefícios.

O projeto foi criado por um grupo independente de comunicadores, ativistas e assistentes sociais que identificou que a falta de acesso à informação era uma barreira significativa ao acesso da população aos programas sociais e quis desenvolver uma solução que preenchesse essa lacuna.

Segurança e acessibilidade

Segundo os criadores, a “Ju do Bolsa” nunca solicita nem coleta informações ou dados sensíveis, como números de documentos, e sempre alerta os usuários sobre práticas de segurança. Ao clicar nos botões para enviar mensagens via WhatsApp, o único dado coletado é o número de telefone do solicitante.

Outros dados são fornecidos pelo próprio solicitante com seu consentimento. Esses dados são usados para reconhecer aos usuários que entram em contato, auxiliar e facilitar o atendimento humano quando necessário, e enviar as informações ou conteúdos solicitados, com a opção de cancelar o recebimento.

Atualmente, o projeto permite o envio de áudios como uma forma de inclusão. E está em desenvolvimento a criação de descrições com as hashtags #paratodosverem e #paracegover aos conteúdos nas redes sociais, além de legendas alternativas.

FONTE: https://almapreta.com.br/

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